quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A arte de morrer e os carrascos desajeitados

Desde os primórdios da humanidade a morte é usada como castigo para diferentes crimes, isso ocorreu -e ainda ocorre - nos mais variados lugares da terra. Mesmo em países onde a pena de  morte foi abolida, histórias de um passado sangrento nos mostram peculiaridades e histórias no mínimo curiosas dessa prática.

Acontecia muitas coisas grotescas durante e depois de uma execução, como na história de John Coffey: durante seu enforcamento a corda roupeu-se e ele cai no fosso, aprentou-se então com sangramento nos ouvidos; a corda roupeu-se mais uma vez. Na terceira vez o estrangularam, levando para isso doze minutos.

Em 1927, o carrasco de quatro homens em uma colônia britânica estava com tanta pressa, que liquidou com eles aos pares.O cirurgião descobriu que um deles gemia e arfava depois de o carrasco ter ido embora, resultado: todos os quatro corpos foram suspensos por mais quinze minutos, apenas para se ter certeza.

Os enforcamentos sempre proporcionaram para seus espectadores um "belo" espetáculo, porém sempre trazia riscos, como o de a cabeça saltar fora ou a corda arrebentar. Foi então que os americanos trouxeram a eletrocução, William Kemmler inaugurou o caminho em 6 de agosto de 1890 em Auburn, estado de Nova York. Dizem alguns que no começo  as vítimas não morriam de imediato, apenas ficavam atordoadas, vindo a dar os últimos suspiros durante a necropsioa legal, realizada imediatamente após a eletrecução.

Em 10 de outubro de 1789 o médico, Dr. Joseph-Ignace Guillotin, inventou um dispositivo muito prático, que foi batizada em sua homenagem, a guilhotina. Na época, as execuções públicas eram eventos socias importantes na europa, os nobres eram guilhotinados, a ralé enforcada. Tudo era levado muito a sério, conta-se que a segunda rainha que o Rei Henrique XIII levou ao cadafalso, passou a noite anterior ensaiando.A guilhotina foi usada pela primeira vez em 25 de abril de 1792 e, caiu no gosto do público.


Histórias interesantes também rodeiam a guilhotina, o dramaturgo Somerset Maugham escreveu: "conta-se
uma história de um médico que havia combinado com um homen que seria guilhotinado para piscar três vezes depois de sua cabeça ser cortada, e disse que o viu fazê-lo duas vezes."

O Dr. Frederick Gaertner relatou: "Imediatamente após a cabeça ter caído no cesto, eu me encarreguei dela. A expressão facial era de grande agonia,por vários minutos após a decapitação. Ele abria os olhos e também a boca, no processo de estupefação como se quisesse falar comigo."

A cabeça de Charlotte Corday, de vinte e quatro anos, assassino de Jean-Paul Marat, corou-se com indignidade quando mostrada à multidão. Um estudante de medicina espetou um escalpeto em uma cabeça recém decapitada e obteve uma careta como resposta. Uma cabeça jogada em um saco juntamente com outra, mordeu-a.










O Dr. Joseph-Ignace Guillotin,
"pai" da guilhotina



A morte por gás é menos suscetível a acidentes, mas não tem a menor graça. A guilhotina era o cumprimento preferível de um final prematuro. Sempre havia a chance remota de cuspir no olho do carrasco.


Fonte: [Os Grandes Desastres da Medicina; Richard Gordon, Ediouro 1997]

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