segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

William Harvey (1578 - 1657) e a circulação do sangue

William Harvey estudou Medicina na Universidade de Cambridge, tento recebido seu doutourado em 1602 na mesma universidade. Harvey foi o responsável por descobrir a verdade sobre a circulação do sangue e de como o caração bombeava o sangue pelo corpo. Antes de Harvey, acreditava-se que o sangue era fabricado pelo fígado e de que era gasto pelo organismo, muito antes ainda, os pré-galenos afirmavam que as artérias conduziam ar ao invés de sangue. Algumas dessas teroias foram sustentadas por séculos, devido à superstições, e de que nos anos anteriores as dissecações eram realizadas em organismos já mortos, o que dificultava a correta visualização do sistema circulatório.

Na época de Harvey, no entanto já era comun a realização da vivissecção de animais. Muitas vezes, não ligando para os gritos dos animais, Harvey dissecava e analizava as estruturas ainda em funcionamento, o que lhe dava grandes vantagens sobre seus predecessores.

Assim Harvey concluiu que o sangue não era gasto pelo corpo e sim era reciclado, também detectou corretamente que as artérias levavam sangue do coração para as extremidades do corpo e que isso só era possível graças a atuação do coração que funcionava como uma bomba. As veias por sua vez traziam o sangue de volta ao coração.

Com cerca de 720 páginas, o livro chamado Exercitatio Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in Animalibus foi onde Harvey expôs suas teorias. Por contrariar alguns ensinamentos de Galeno, sua obra não foi aceita unanimamente pela comunidade científica da época, havia também uma área que Harvey - talvez pela falta de um microscópio -, não encontrou a solução, tratava-se do fato de comprovar como o sangue passava das artérias para as veias. Harvey no entanto, especulou que a troca se dava por meio de vazos invisíveis ao olho humano, o que foi motivo de ridicularização de seus oponentes.

Contudo, o repúdio e as objeções que alguns de seus comtemporâneos lançaram sobre sua obra, foram respondidas antes mesmo de sua morte e, suas conclusões eram cada vez mais aceitas. A prova final veio em em 1661, quando o anatomista italiano Marcello Malpighi, munido de um microscópio, pôde detectar os capilares pelos quais o sangue arterial passava para as veias.





Fonte: FRIEDMAN, M&FRIEDLAND, G.M. - As dez maiores descobertas da Medicina. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

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